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Estrategista Louis-Vincent Gave declara morte do portfólio 60/40 e sugere troca de Treasuries por metais e ações de energia


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São Paulo, 18/12/2025 – O clássico portfólio 60/40, que por décadas foi a espinha dorsal da estratégia de muitos investidores, pode ter chegado ao fim de sua era. Pelo menos é o que defende Louis-Vincent Gave, CEO da renomada consultoria Gavekal, em uma análise que promete agitar o mercado financeiro.

Conhecido por suas opiniões provocativas e frequentemente contrárias à corrente dominante – especialmente em relação à China, sua área de especialidade –, Gave argumenta que o modelo tradicional, com 60% em ações e 40% em renda fixa (geralmente Treasuries), não é mais adequado para o cenário econômico atual. A informação foi divulgada pelo Brazil Journal, destacando a visão do estrategista.

O Fim dos Treasuries como Refúgio?

A principal tese de Gave é que os Treasuries, historicamente vistos como um porto seguro e um contrapeso à volatilidade das ações, perderam parte de sua eficácia. Em vez de oferecerem a proteção esperada, eles podem não entregar os retornos ou a diversificação que os investidores buscam em um ambiente de inflação persistente e taxas de juros voláteis.

Para o estrategista, as “ações de energia são os novos títulos” (energy stocks are the new bonds). Essa é uma mudança radical que sugere uma reavaliação profunda sobre como os ativos de renda fixa devem ser encarados em um portfólio diversificado.

A Nova Receita: Metais e Ações de Energia

Diante da “morte” do 60/40, Louis-Vincent Gave propõe uma alternativa ousada: substituir a parcela de Treasuries por uma combinação de metais preciosos e ações de empresas de energia. A lógica por trás dessa recomendação reside na capacidade desses ativos de atuar como um hedge contra a inflação e de se beneficiar de tendências macroeconômicas de longo prazo.

  • Metais Preciosos: Tradicionalmente vistos como reserva de valor, podem proteger contra a desvalorização da moeda e a incerteza econômica.
  • Ações de Energia: Empresas do setor de energia podem oferecer retornos robustos em um cenário de demanda contínua e potenciais choques de oferta, além de serem menos suscetíveis a certas pressões inflacionárias que afetam outros setores.

A visão de Gave desafia a sabedoria convencional e força os investidores a repensarem suas estratégias de alocação de ativos. O Upgrana acompanha de perto as discussões sobre as melhores práticas de investimento para auxiliar seus leitores a navegar por essas mudanças.

Implicações para o Investidor Brasileiro

Embora a análise de Gave seja global, suas implicações ressoam fortemente no Brasil, onde a busca por diversificação e proteção contra a inflação é constante. A ideia de que ativos tradicionalmente considerados “seguros” podem não ser mais tão eficazes exige uma análise cuidadosa dos portfólios e uma abertura para estratégias menos convencionais.

Será que o portfólio 60/40 realmente morreu? A resposta pode depender da capacidade dos investidores de se adaptarem a um mundo onde as regras antigas de investimento podem não se aplicar mais.


Fonte da Matéria: Acessar Original


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Jonathan Magalhães
Sou um entusiasta do mercado financeiro, apaixonado por aprender e compartilhar conhecimento sobre investimentos. Além da minha carreira, valorizo profundamente minha vida familiar. Ser pai é o meu maior presente, e procuro sempre construir momentos felizes. Meu propósito é unir minha paixão pelos investimentos à missão de ajudar outras pessoas a alcançarem seus objetivos financeiros, sempre com clareza, dedicação e autenticidade.

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